Leader Coach: um novo paradigma

A palavra Coach veio para ficar. E pouco a pouco faz parte do vocabulário dos lideres e executivos. Empresas de médio e grande porte já absorverão a ideia de que o Coach é um profissional que veio para ficar, seja um Coach profissional ou um Líder com habilidades de Coach, um Líder Coach.

Ainda existe certa dificuldade com a palavra devido sua origem, e desejo imediato de tradução. Certo é que Coach se tornou uma palavra internacional, usada em todos os países onde a profissão se estabeleceu, e tentar criar um termo diferente em português ou em qualquer outro idioma iria descaracterizar o trabalho de Coaching.

No Brasil a profissão ainda está se estabelecendo, e nesta fase onde o Coaching está começando a ser implantado, já existe uma grande confusão com consultoria, counseling, mentoring e até psicoterapia. Sobre estas terminologias, falaremos posteriormente.

Mas cabe esclarecer que o termo Coaching representa o processo em si, ou a metodologia usada. Já o termo Coach, que no plural é Coaches, representa o profissional que faz Coaching. E o coachee é a pessoa que está recebendo o processo de Coaching, ou seja, sendo apoiada pela metodologia Coaching.

Uma das grandes bases do processo de Coaching, é que o Coach compreende que o Coachee possui capacidades internas que devem ser exploradas e evidenciadas, através do processo de coaching.

Muitos estudos comprovam que tudo pode ser aprendido, e que ninguém está fadado a ser a mesma pessoa pelo resto de sua vida. Até mesmo o mais simples ser humano pode desenvolver-se. As pessoas possuem potencialidades internas deslumbrantes, e, dependendo da abordagem utilizada, este potencial pode ser abafado ou desenvolvido. Em nossa sociedade atual, abafar potencial e sinônimo de fracasso na certa, para o indivíduo e para a empresa.
E no mundo corporativo, ninguém pode se dar o luxo de não aprender, de não melhor, de não se adaptar. Devido a competitividade crescente, integrou-se na cultura empresarial a ideia de que o ser humano pode e deve ser desenvolvido, e hoje sabe-se que para este desenvolvimento ocorrer é imprescindível haver um treinamento estruturado para o desenvolvimento das competências necessárias.

Em época de mercado emergente, onde a demanda pelo produto da empresa é alta, ou quando se atua em algum local sem competição, é possível que líderes ineficientes passem despercebidos, pois a empresa prospera simplesmente por existir, simplesmente por ter um produto de alta necessidade no mercado. Mas quando o mercado se torna maduro, quando a concorrência aumenta e se globaliza, quando cada ponto percentual requer planejamento eficiente, apenas o líder mais efetivo se sobressai, e os que passavam despercebidos agora se tornam um peso – além de serem altamente desafiados a desenvolverem-se.

O líder efetivo de hoje é aquele que entende o potencial de seus liderados e reconhece o seu papel no desenvolvimento destes. Ele entende que o conceito de capital humano deve ser aplicado na prática, para que não se torne apenas uma abstração.

Conclui-se hoje que, o líder não nasce pronto. Liderança não é nata. O bom líder pode e deve ser desenvolvido, e depende somente de saber o que se deve desenvolver e usar a forma correta para este objetivo. E você, tem cuidado adequadamente de sua liderança? Tem nutrido efetivamente sua equipe? É responsável por seu desenvolvimento e de sua equipe? Se sua resposta por negativa, você precisa urgentemente se reciclar.